Como o mundo é pequeno. Tudo se sabe. Qualquer um de nós é uma figura planetária de um instante para o outro. É a tecnologia que nos aproxima para o melhor e para o pior. Como sempre. E porque hoje estamos todos em rede a mais pequena e recôndita povoação está tão perto de tudo. A aldeia é hoje o mundo inteiro. Todos se conhecem, todos comunicam, todos partilham interesses e invejas. E já não há sítios isolados e perdidos. Nenhum mesmo. Agora vivemos todos, mas mesmo todos, na aldeia global que é, como quem diz, perto e longe de tudo.
Esta pintura em tela é o retrato de uma aldeia igual a tantas outras caracterizada pelo casario e natureza circundante. O silêncio e a solidão são hoje marca das nossas despidas povoações que vão morrendo e que, aqui, procurei, com as “minhas” cores e com as formas inerentes, descrever o que vejo da realidade pintando e desenhando um pouco dos sabores rurais da minha infância. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de Peter Ustinov:
“Comunicação é a arte de ser entendido.”
E vos deixo com a música de Lopes Graça que tanto explorou a musicalidade folclórica percorrendo os campos e as aldeias deste país.
Soube-me bem recordar música de Lopes Graça.
ResponderEliminarQuanto à citação, não será incompleta? Gostaria mais de 'Comunicação é a arte de ser entendido e de saber escutar os outros'.
A pintura: bonita, como sempre!
Já no século XVII, John Dunne dizia "No man is an island", recuperada por Teillard de Chardin no século XX.
ResponderEliminarA aldeia global que falas apenas nos vem lembrar quão pequenos e dependentes somos uns dos outros. Quando o Homem se esquece que "... a terra que habitamos não a herdámos dos nossos antepassados, apenas a pedimos emprestada aos nossos filhos...", gostava de citar (hoje deu-me para isto...) Hemingway no prefácio da sua obra "Por quem os sinos dobram": Quando morre um homem, morremos todos,pois somos parte da humanidade".
Um Bom Ano.