sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A alma gémea





Não sei se existe, nem sei definir o que é. Talvez seja um desejo e, como todos os desejos, a imaginação é que conta E porque é tão difícil ninguém sabe se encontra quando procura. Afinal, o que todos querem é a felicidade. E julgam que existe se encontrarem a alma gémea algures por aí. Sonham que com a cara-metade tudo seria diferente. O difícil seria sempre fácil, mas as histórias da carochinha já passaram de moda. E as fantasias também. Para muitos.

Estes dois retratos são, talvez, a expressão de duas personalidades que podem ser a alma gémea uma da outra. O tempo o dirá. Procuro sempre criar um posicionamento dos retratados que traga algo de novo no nosso olhar sobre o que nos rodeia. Gosto que as minhas figuras criem interrogações sobre o que observam para lá do campo visual da tela. Quanto ao processo construtivo gosto, actualmente, de captar pormenores que enriqueçam esteticamente a composição. História da Minha Pintura.

Recordo hoje George Meredith, in “ O Egoísta”:
“No amor não há desastre maior do que a morte da imaginação.”

E vos deixo com a música de Gaetano Donizetti e a ópera “O Elixir Do Amor” com as vozes de Anna Netrebko e Rolando Villazón.


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