quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Tempos loucos



Vivemos tempos loucos. Uns querem umas coisas, outros, o oposto. Há quem goste de contrariar as normas vigentes. Há quem não goste de mudar nada. E, porque a vida é assim, vivemos com certezas e dúvidas mil. Assistimos a tanto com admiração e repulsa. Olhamos e vemos maravilhas e, ao mesmo tempo, sabemos que também há o outro lado. O lado que não devia (segundo o nosso critério) de ter as normas, as condutas, as leis, a cultura, e o fundamentalismo. Mas tem. E porque tem a nossa angústia é muita. E é muita porque vivemos tempos loucos. E quem são os loucos?

Esta aguarela é uma assimilação de outros pintores. De vez em quando vou buscar elementos formais a outras obras de grandes génios da Arte e misturo tudo. Foi o que fiz aqui, neste trabalho. Tudo me serve para pintar. Umas vezes tenho o modelo perto de mim, outras, bem longe e, outras ainda, copio dos mestres. Eu sou assim. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Marcel Prust, in “À Procura do Tempo Perdido”:

“Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras”.

Quando ouvi, pela primeira vez, esta música, descobri que tinha encontrado um dos meus caminhos. Mozart é uma das minhas paixões. Das maiores. Aqui é a “Marcha Turca”, sonata para piano nº 11K. 331.


1 comentário:

  1. Gosto do efeito. É impressão minha ou há por aqui um toque de humor e de suave e deleitosa descontracção?

    JR

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