domingo, 10 de janeiro de 2010

Cor-de-rosa



Está na moda. É assim, faz tempo nas revistas cor-de-rosa. Todos são belos, saudáveis e felizes vivendo histórias de encantar. O desejo de também comungar as mesmas vivências, nem que seja através de uma revista, faz as delícias da plebe. Faz tempo, que assim é. Afinal, o que muitos querem é viver uma história sem fim, cor-de-rosa. Como nas revistas da moda, porque com papas e bolos se enganam os tolos.

Esta aguarela é um dos muitos retratos que caracterizam gestos banais e, no entanto, tão cheios de sensibilidade e sensualidade. Procurei captar o instante do movimento que, como se sabe, traduz muitas vezes o momento preciso. Aqui, é mais uma repetição de arranjar o penteado que, tanto encanta as adolescentes, enquanto pensam, quantas vezes, em cenários cor-de-rosa. Desenhei primeiro com lápis aguarela de cor amarela e depois com pincéis finos, aguarela e uma boa dose de paciência, prazer e desejo fizeram o resto. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Paul Valéry:

“ A melhor maneira de realizar os sonhos é acordar.”

E vos deixo com a bela e, encantadora Angela Gheorghiu cantando “ Un bel dì vedremo” da ópera dramática “Madame Butterfly” de Puccin que, narra o drama da procura, pela mãe, do filho perdido e dos amores desencontrados, num contexto oriental.


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