quinta-feira, 30 de julho de 2015

Depois da pausa






Pinturas a mostrar em Barcelona no espaço Caravela, em C de Manso 13, a partir de 25 de agosto
 
 

 
 
Pinturas a mostrar em Leiria no Teatro José Lúcio da Silva, em setembro e outubro
 



Depois da pausa e quase em simultâneo duas exposições de pintura: uma em Barcelona num espaço sui generis, e outra num teatro em Leiria. É uma aposta fora dos circuitos normais, com outros públicos e outros propósitos. Preciso de gente que olhe para o meu trabalho. É tempo de chegar perto de tantos outros, pelos acasos e vias enviesadas, numa busca por caminhos cheios de gente nova, em contraponto ao usual do vazio das galerias tradicionais, onde poucos – quase sempre os mesmos- olham o que tanto custou a criar, com a paixão de sempre e a entrega do costume, que é o meu timbre, apesar dos silêncios e do correr dos dias sem eira nem beira, na contemporaneidade artística.

 

 

 

Dois eventos que apenas ilustram um pedaço da minha história pictórica, que hoje é mais conhecida não pela observação direta, mas pela internet, que dá uma ideia aproximada mas que só em presença física frente a frente se descobrem outras características, que os segredos da arte transportam consigo. Não sei, também, confesso, lidar com o tempo, nem com os meandros inerentes aos circuitos comerciais, nem mesmo com o estar na multidão, donde expor é raro. E mais não digo. A pintura diz o resto.

 

 

 

E vos deixo com as palavras que um dia Pablo Picasso disse:

 

“A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade.”

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Cores de verão

 
 





















Tomar, 2015
Festa dos Tabuleiros
 
 
 
 
Festa é sinónimo de alegria, cor, música e gostar de estar. Os dias tristes e os pensamentos negros ficam para outros momentos. Quando um homem quer, procura o que há de mais cativante e encontra na expressão popular o genuíno do viver, comungando tradições e sentimentos caracterizadores de um povo, que é o que nos faz situar num espaço e num tempo que amamos, mesmo quando dizemos que não. Como tudo.
 
Gosto muito da cidade de Tomar. Tem uma história com gente dentro. Infelizmente, como em quase todo o lado as pessoas são cada vez menos, até nos centros históricos, mas nos dias de festa tudo muda e o pulsar deste povo aparece, transformando os espaços vazios e silenciosos em vividos e acalorados encontros de gente, com o melhor que há no conviver. Felizmente.
 
 
 
E vos deixo com as palavras que um dia escreveu António Lobo Antunes, em 2006 no Jornal de Letras:
 
 
 
 
“ Cada vez gosto mais de ser português e cada vez tenho mais orgulho no meu país. É-me insuportável ouvir dizer «somos um país pequeno e periférico». Para mim Portugal é central e muito grande. “