quarta-feira, 17 de junho de 2009

A voz de Dieskau


Longe vão os tempos do silêncio e do saber escutar. Desde menino e moço que, por razões que desconheço, nunca fui dado à auscultação de certos sons. Quando se é jovem, o desejo de pertencer a grupos, a tribos de comportamento e a posturas radicais fazem parte da afirmação e da formação social. Queria ser rebelde como todos os meus amigos e companheiros de carteira, mas, mas com a música, não! Ao contrário do meu círculo de amigos rejeitei sempre, sempre os sons do rock. Os sons estridentes, as vozes roucas, as luzes estonteantes e os ambientes de dependência nunca fizeram o meu género. A música clássica tinha de fazer parte de mim. Quando descobri a música do Tschaikowsky, ao ver um filme sobre o compositor russo, tinha encontrado o meu caminho musical. Quando ouvi Dietrich Fischer-Dieskau descobri a voz - a maior, das maiores vozes.

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