quinta-feira, 18 de junho de 2009

Catálogos






Um dia um pintor amigo, para surpresa da minha parte, exigia ao galerista catálogos extra num número que achei, na altura, uma enormidade. Trezentos catálogos! Trezentos? Para quê? Tantos, com que fim?

Recordo agora que fiz, já faz um par de anos, uma exposição, da qual guardo um carinho especial pelo significado e importância, no que foi o meu trabalho, a partir daí. Dessas obras, nada tenho. Não tenho registos, não tenho fotografias, não tenho catálogos, não tenho pinturas. Nada. A exposição teve catálogos que se evaporaram nas mãos de quem visitou a galeria; as fotos tiradas no evento estão algures não sei bem onde; e as notícias nos jornais, essas, não fiz questão de arranjar e guardar. Hoje, compreendo esse meu amigo. Ele tem um historial do seu percurso devidamente documentado. Eu, pelo contrário, despertei tarde. Aqui e agora me confesso. Eu sou o João Alfaro.

Nota: para que não restem dúvidas falo da exposição realizada em Ponte de Sor na então Biblioteca Municipal Calouste Gulbenkian e lá está uma pintura da minha autoria.

1 comentário:

  1. Dizes bem, "Eu sou João Alfaro". Não és mais um entre outros. Há pessoas que conseguem marcar a diferença por serem como são. Por isso és conhecido e, mais importante, tens AMIGOS.

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