Estive uma única vez em Barcelos nos anos 80. Foi um fartote. Comprei e comprei artesanato na linha da tradição expressiva deixada por Rosa Ramalho. As carantonhas pintadas com cores fortes fizeram as minhas delícias. Mais uma vez, a exuberância cromática, a liberdade das poses e dos gestos grotescos conquistaram-me. Vivo rodeado destas peças que ainda hoje, sempre que as observo, me seduzem. Obras de Júlia Côta e Rosalina Baraça, entre muitos outros, fazem parte do meu espólio. Eu sou uma esponja que absorvo tudo. É graças ao trabalho simples, autêntico e verdadeiramente genuíno do sentir, do pulsar deste povo, traduzido neste artesanato, que eu busco as minhas referências.
Como esponja que sou, estes meus desenhos, julgo eu, traduzem as influências que recebi da minha viagem a Barcelos.
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