segunda-feira, 15 de junho de 2009

Espelho Meu





Muitas são as histórias sobre espelhos. Quando era ainda uma criança vi uma sala cheia de espelhos disformes. Eu, que até àquele dia, pensava que o espelho me dava a minha imagem tal como era, descobri apavorado que, afinal, os espelhos perante a mesma pessoa dão resultados diferentes.

2 comentários:

  1. Voltemos ao gosto. Concordo que o mesmo se aprende. Não li o livro que referiste. Mas sei que, quando alguém aprende, algo ou alguém está a ensiná-lo. Aliás, todo o processo ensino-aprendizagem, não passa de um proceso de "acondicionamento". É disso exemplo a denominada evolução dialéctica tão querida de Marx. Eu gosto de alguns quadros teus, de outros, nem por isso. Uma vez tentei "explicar" porque não gostava. Os teus admiradores iam-me linchando (estou a brincar...). Mas não é fácil. Penso que o mesmo se passa com muitas pessoas. O meu sentido de gosto varia (variou) ao longo dos tempos. Aquilo que na juventude não prescindia, agora é-me insuportável e vice- versa. Eu desconfio sempre quando me falam em ensinar a gostar. Parece mal a um professor dizer isso. Mas associo sempre esse processo ao sentido de Liberdade (ou à sua restrição...) É por isso que é muito mais fácil para mim aceitar de bom grado aprender a Amar do que a gostar.

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  2. Tal como na vida real, não temos todos o mesmo Olhar.
    São os diferentes olhares que nos tornam únicos, dinâmicos e renováveis.
    A sala de espelhos transforma-se no palco da existência e nem todas as manhãs têm a mesma luminosidade.
    O artista captou o segundo em que a explosão de luz semeou com magia os anjos do firmamento. E o espelho virou-se para oeste.

    (não sei bem por quê, apareceram estas palavras do quadro do João)

    aidaB

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