sexta-feira, 18 de junho de 2010

O mundo




O Mundo
O mundo, tal como o entendo,
Não vai além daquilo que o cego
De cor e sombra pode encontrar
Na escuridão que é a sua sina;
Este mundo, imenso e luzente,
O qual nós viemos herdar
Com um orgulho inconsciente,
Vale tanto quanto as nossas rimas
E haveres, sua lama dourada —
Nada, é o mais que dele vou falar
E aqui, no leito do nada,
Para o outro lado vou-me voltar.

Alexander Search, in "Poesia"


Estas duas pinturas em tela recortadas simbolizam o caminho da procura e do desejo de contar. Falamos, falamos e falamos tanto; procuramos, procuramos e procuramos tanto. E o mundo gira, indiferente aos caprichos, às conversas e às procuras. E, porque assim é, as imagens das vivências acumulam-se dia após dia, até ao derradeiro instante. E tudo me serve para pintar com as minhas cores e as minhas formas. Tudo mesmo: pessoas, natureza, objectos, animais. História da Minha Pintura.

Hoje vos deixo com a mestria ao violino de Anne-Sophie Mutter e a música de Massenet: “Meditação de Thais”.


Sem comentários:

Enviar um comentário