Felizmente. Felizmente que sabemos, de vez em quando, conviver. E conviver significa tanto e tão pouco. Bastam escassos segundos para iluminar um dia, uma vida. Conviver é, também, rotinar os hábitos, e viver ouvindo e sendo ouvido. Basta tão pouco, para o pouco ser muito, e o muito ser tanto. No convívio ... pois claro.
Inventamos sempre modos de estar com os outros. Hoje, mercê da net, inventámos modos de conviver, no presente, estando longe, muito longe, conhecendo ou não o outro. Convivemos somente. E, de tanto “conviver”, deixámos de estar sós, estando sós. Coisas do tempo. Do nosso tempo. Para o melhor e para o pior...
Estas pinturas, do início do novo milénio, em madeira, fazem parte do desejo de experimentar novos materiais e novas formas de expressão. Como é meu timbre, a singularidade é o desejo supremo da expressão única, que busco desde sempre. Aqui, mais uma vez, procurei criar, num formalismo muito pessoal, uma pintura que fosse reveladora de um tempo e de modo de conviver. História da Minha Pintura.
E vos deixo recordando hoje dos Textos Judaicos, in “Moisés Maimônides”:
“ O bem-estar na vida obtém-se com o aperfeiçoamento da convivência entre os homens.”
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