De Saudades vou Morrendo
De Saudades vou morrendo
E na morte vou pensando:
Meu amôr, por que partiste,
Sem me dizer até quando?
Na minha boca tão linda,
Ó alegrias cantae!
Mas, quem se lembra d'um louco?
- Enchei-vos d'agua, meus olhos,
Enchei-vos d'agua, chorae!
António Botto, in 'Canções'
A vida tem destas coisas. Sem esperar, sem nada prever recebi uma carta, de um amigo, de longa data, perdido no tempo e no espaço. Perdido como tantos que se cruzaram no meu caminho. Foi um encontro de recordações e de saudades, de um tempo e de um espaço. Foi sobretudo falar do passado, reviver episódios e gentes que, algures por aí, labutam em busca do bem-estar e da felicidade. Adorei regredir no tempo e matar saudades. Adorei. Adorei. Eu sou assim.
Esta tela, de grandes dimensões, é o retrato daqueles momentos, que vivemos vendo e pensando no bom e no menos mau, que é estar no sítio certo, no momento correcto e com a nossa gente. Pensamos sempre como tudo tem o seu encanto ou não, de acordo com os nossos interesses. É assim que vivemos. Com muita emoção ou sem ela. Eu, por mim, prefiro as emoções fortes.
Cores sombrias e perspectiva para acentuar a profundidade de campo constituem este jogo de formas, onde a narrativa pictórica ocupa o seu espaço. História da Minha Pintura.
E vos deixo com a música que tanto me encanta e fascina: Rimsky – Korsakov e “Scheherazade”.
LINDO. TÃO INTERIOR.... SUAVE.... SONHO, ENCONTROS E DESENCONTROS.... Obrigada!
ResponderEliminarA variedade tem destas coisas: muitos há que pensam como eu. Obrigado.
ResponderEliminarJoão Alfaro.