Dorme Enquanto Eu Velo...
Dorme enquanto eu velo...
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.
A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.
Dorme, dorme, dorme,
Vaga em teu sorrir...
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Esta tela procura retratar, num ambiente pouco propício, um momento de repouso. Aqui o dormitar está presente e é o limbo entre o estar e não estar consciente da envolvência, que é tão comum em muitos de nós, mesmo muito acordados…
Paleta parca em cores e tonalidades, numa predominância da horizontalidade formal definem esta minha pintura onde se destaca quase cada pincelada. História da Minha Pintura.
E vos deixo com Handel e “Sarabande”.
E vos deixo com Handel e “Sarabande”.
Sem comentários:
Enviar um comentário