São tantos, tantos mesmo os trabalhos que ficaram pelo caminho. Não foram concluídos e já não o serão. Outros interesses, outros modos de olhar a realidade e outras opções fizeram e, farão sempre, com que obras iniciadas nunca venham a ser concluídas. Apesar do tempo consumido, das despesas com os materiais (sempre caríssimos), é preciso dizer não e seguir em frente. É o que faço muitas vezes.
Estas telas não foram concluídas porque considerei, na altura, não merecedoras de finalização pela repetição sistemática dos temas, formas, perspectivas, luzes e sombras. Tudo me parecia de pouco interesse, e por isso não continuei, o que não signifique que, um dia, não volte a olhar com outros olhos, e a concluir uma obra parada no tempo. É assim que eu trabalho. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de Jules Poincaré:
“A mente usa a sua faculdade de criatividade apenas quando a experiência a obriga a fazê-lo.”
"...Não foram concluídos e já não o serão..."
ResponderEliminar"...o que não signifique que, um dia, não volte a olhar com outros olhos, e a concluir uma obra parada no tempo..."
Como explicas esta aparente contradição?
"Nunca digas desta água não beberei".
ResponderEliminarPois é, sinceramente, neste momento não me parece plausível que venha a retomar obras deixadas por acabar, porém, como o futuro a Deus pertence, nunca se sabe. A minha intuição diz-me que não, mas sou um poço de contradições....