terça-feira, 23 de março de 2010

Prazeres



Não vou falar do cinema; não vou dizer nada sobre uma indústria que trouxe o fascínio e transformou a ficção num conto de fadas; nem vou falar de filmes, de actores, de histórias com ou sem escândalo, nem do mundo mítico que o cinema construiu. O que quero dizer é muito simples: adoro cinema. Adoro porque me faz transpor a realidade e descobrir outras identidades e outros modos de ver e sentir o mundo, independente dos contextos e dos tempos. É só isso que quero dizer. A maravilha dos sons, das temáticas, das luzes e das múltiplas vidas que já vivi merecem que diga alto e em bom som: adoro cinema.

Esta tela (feita em tempos longínquos) é uma visão, propositadamente distorcida, da ruralidade e do encanto que a imagem em movimento trouxe a todo o lado, e a toda a gente. Cores fortes e um desenho caricatural definem esta pintura que, com luzes e sombras, procura criar um ambiente de identidade perante a contemplação das imagens que o cinema nos dá. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Leonardo da Vinci:

“A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material. O maior prazer está na contemplação.”


E vos deixo com música do filme “Titanic”.


2 comentários:

  1. Gosto desta sua tela.
    Também gosto muito de cinema (não de qualquer, mas de bons realizadores). No entanto, é agora, já velhota, que ando a aprender a saber "ver" melhor e, portanto, a apreciar ainda mais. Isto porque frequento um curso de arte na SPBA duas horas por semana, dado por acaso por um amigo, que é enorme amante de cinema e que, no curso, vai relacionando tudo: pintura, cinema, contextos de época, etc.

    ResponderEliminar
  2. O cinema deixa naturalmente marcas na pintura e vice-versa. Salvador Dali gerou intervenções em filmes, assim como características formais do cinema deram origem a enquadramentos pictóricos, basta pensar na pintura hiper-realista.

    ResponderEliminar