quinta-feira, 4 de março de 2010

A morte



Tudo acaba. Tudo um dia termina de vez. Até o que é belo tem o seu fim. E a morte de alguém próximo é sempre um drama e uma tragédia. A vida, essa, continua igual com as horas e as rotinas para todos os outros, menos para os que cá ficam. A morte, infelizmente, deixa sempre imagens que o tempo nunca consegue fazer esquecer. Somos apenas matéria quando nos deitam numa qualquer mesa da morgue. O resto é conversa. E passado.

Esta pintura em tela, de grandes dimensões, é um retrato feito a partir de um modelo que me fez lembrar um episódio vivido. Andamos sempre a aprender, até as dores mais profundas. É assim a vida. De todos.

Aqui, numa pincelada rápida e com o desejo minimalista do espaço, procurei que a representação da figura, quer pelas cores, quer pelo enquadramento, quer pela pose fosse contundente. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Michel Montaigne:

“A morte é de facto o fim, no entanto, não é a finalidade da vida.”

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