Detesto. Detesto esperar. Detesto que esperem por mim. O tempo é demasiado precioso para ser desperdiçado. Não podemos. Não devemos perder tempo com banalidades. Devemos sim saber tirar partido dos momentos mortos. E pensar. Pensar bem nisto e naquilo, para, na hora certa, fazer bem. Se forças houver. E sabedoria também.
Esta pintura em tela retrata um dos muitos momentos em que o tempo é gasto em coisa nenhuma. É o chamado tempo morto. Nada se faz de proveito, apenas se espera. Pelo tempo certo. Pelo momento desejado. Com muita paciência para vencer a espera, que é, tantas vezes, um sacrifício.
Enquadramento, perspectiva, cores complementares e formas múltiplas compõem este trabalho, que procura corresponder a modos de estar em circunstâncias próprias, aqui, num rápido registo formal. História da Minha Pintura.
Recordo as palavras de Carlo Goldoni:
“Quem vive esperando, morre penando.”
Como não colocaste música para ilustrar o teu post, atrevo-me a sugerir-te esta, que foge um pouco ao que costumas, mas que, penso eu, se enquandra no espírito do que escreveste: "Pedro Pedreiro" de Chico Buarque d'Hollanda, está neste link: http://www.youtube.com/watch?v=vFdneubAQ-4
ResponderEliminarTempos houve em que ouvia diariamente os discos de Chico Buarque.Hoje tenho outros gostos musicais, no entanto, reconheço que continua a apreciar os sons do Brasil que merecem um reconhecido aplauso pela sensibilidade e alegria dos temas.
ResponderEliminarErrata: queria dizer continuo e não "continua"
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