As nossas lembranças são apenas um pequeno registo daquilo que fizemos. Lembramo-nos do que nos marcou, e da importância que determinados acontecimentos afectaram o nosso viver. Todo o resto é esquecimento. Importante mesmo é recordar as boas acções, os momentos de afecto, as alegrias que as emoções nos provocaram, os sucessos e também – inquestionável -, nunca esquecer o que nunca deveríamos ter feito. O resto é insignificante.
Significante para um artista é mostrar o seu trabalho e daí tirar as suas conclusões. Se, porventura, houver aceitação e reconhecimento tudo bem; se, pelo contrário, tudo for em vão, então, nada está bem. Tantas horas, tanta canseira e, nenhum reconhecimento é o cúmulo do desencanto. E acontece muito. Quase sempre.
Estas fotografias são registos de panorâmicas de uma exposição de aguarelas que realizei, em tempos idos, no Porto. Aqui fica a memória ilustrada do evento que hoje recordo com saudade. História da Minha Pintura.
E trago hoje as palavras de Jacques Bossuet:
“A recordação é activa. Não é um objecto perdido que se encontrou. Ela faz crescer a massa do presente e do futuro.”
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