quinta-feira, 18 de março de 2010

Dias de sol


Faz sol. Apetece andar por aí. Apetece saborear a luz e contemplar a paisagem. É preciso, quando nos deixam, encontrar escapes e olhar com olhos de ver o que há de bom à nossa volta. E porque procuramos sempre, nada melhor que saber estar e viver, esquecendo, de propósito, tudo o que não gostamos, de ver nem ouvir, porque nas muitas lutas nem todos vencem, nem todos perdem. E há tanto sol para ver e tanta paisagem para contemplar.

Esta tela é um retrato dos passeios de Domingo onde se procura o descanso e a quebra obrigatória das rotinas. Um enquadramento onde a profundidade criada pela perspectiva e pelo jogo de cores definem esta minha pintura que, como todas as outras, é um livro aberto, onde as palavras deram lugar às formas e às diferentes tonalidades cromáticas. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Henri Amiel, in “Diário Íntimo”:

“Uma paisagem qualquer é um estado de alma.”

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