Contemplar é olhar fruindo as imagens que os olhos captam e a mente saboreia. E porque é necessário ter prazer nos pequenos momentos, um pouco por todo o lado, é preciso saber como passar o tempo nos diferentes contextos. E se formos capazes, tudo parece diferente, sendo tudo igual. Afinal, somos nós, individualmente, que definimos o bom e o mau, o bonito e o feio. Não tenhamos dúvidas.
Esta tela, de grandes dimensões, é um retrato onde está presente o olhar e talvez a contemplação. A pose procura indiciar momentos de pausa, de serenidade, de saber estar usufruindo e tirando partido da observação. Procuro sempre, quando retrato alguém, captar modos e atitudes comportamentais que definam quem é quem. Aqui, as cores são dominadas pela presença dos contrastes, onde o negro se opõe ao jogo das luzes dos cinzas. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de Alexandre Dumas:
“Quis Deus que a única coisa que não se possa disfarçar seja o olhar do homem.”
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