É um inferno. É insuportável. Já ninguém é indiferente. É a desgraça do costume: impostos e mais impostos, mentiras e golpadas, desemprego e instabilidade social, miséria e desencanto. Tudo isto é o nosso dia-a-dia. Felizmente que há o outro lado: o lado cultural. O lado das tradições. Faz parte. É na aldeia; é na cidade; é em todo o lado que a banda aparece, levando música pelas ruas e ruelas, para encanto de todos. Crianças, mulheres e homens tocam as melodias de sempre. E sempre são bem recebidos e admirados pela magia que a arte dos sons transporta consigo. Viva a música e esqueçamos, por momentos, o dilúvio.
Esta tela, de grandes dimensões, feita nos anos 90, retrata um grupo de tocadores que um dia vi. Não resisti a homenagear quem tem o dom de levar aos outros a beleza e o fascínio dos acordes musicais. Infelizmente, nem sempre consigo concretizar os meus projectos. Aqui, apesar do empenho outros compromissos foram adiando, adiando e adiando a conclusão desta obra que, de tanto esperar, acabou por ser concluída... sem ser concluída. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de Aristóteles:
“A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição.”
E vos deixo com música filarmónica e a Banda da Guarda Nacional Republicana.
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