É a desgraça que aparece em todo o lado. Ontem uma calamidade acolá; hoje uma catástrofe aqui; e amanhã com certeza outra notícia triste, algures, que nos deixa inquietos e angustiados. O mundo é pequeno porque as notícias das coisas más surgem sempre. Sempre para nos atormentar. Sempre para criar mais medos e inquietações. É a vida das tormentas do dia-a-dia, do nosso tempo. Tormentas sem fim. Sempre.
Esta tela é um olhar por ruelas sem gente onde o silêncio e a solidão moram aqui. É este o nosso mundo. Muita gente que não comunica ou, gente que não tem com quem comunicar. É neste tormento de vida que os dias passam com as eternas desgraças que transformam o Homem contemporâneo, rodeado de bens, não mais feliz, certamente mais atormentado.
Esta tela é um olhar por ruelas sem gente onde o silêncio e a solidão moram aqui. É este o nosso mundo. Muita gente que não comunica ou, gente que não tem com quem comunicar. É neste tormento de vida que os dias passam com as eternas desgraças que transformam o Homem contemporâneo, rodeado de bens, não mais feliz, certamente mais atormentado.
Para fazer este trabalho utilizei a régua e o esquadro e recorri à perspectiva cónica com dois pontos de fuga. Tonalidades ocres e pardas formam o mosaico cromático num jogo de linhas que procuram caracterizar um espaço e um tempo.
Recordo hoje as palavras de John Steinbeck:
“É curioso como uma desgraça nos parece longínqua quando não nos atinge pessoalmente.”
Gosto desta pintura; da simplicidade e da claridade que erradia.Falas em silêncio.Talvez.Sugere-me também alguma solidão,algum desamparo. Mas,o branco,as linhas direitas falam de paz, de sossego,de alguma confiança. Não percebo de pintura.Sinto isto ao olhar o que pintaste. Também gostei do teu texto...
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