Há dias. Há dias em que tudo, mas mesmo tudo, está no sítio errado. E quando assim acontece nada de bom surge. As palavras certas não aparecem. As frases são desconexas. O mundo está todo virado ao contrário. Há dias assim. Queremos dizer coisas. Coisas que julgamos importantes mas, tudo é um enorme vazio. As palavras nada dizem. Há dias assim.
Esta pintura retrata mais um cantinho, onde a intimidade mais profunda ocupa o seu lugar. Procurei pintar um ambiente em que a luz e as cores fossem a expressão dos sentimentos dos espaços íntimos. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de François La Rochefoucauld, in “Máximas”:
“Por vezes, somos tão diferentes de nós mesmos como dos outros.”
E vos deixo com a música de António Pinho Vargas e “As Mãos”.
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