Nada podemos fazer. É a lei da vida. A lei da natureza. Um dia nascemos e outro morremos. Tudo passa. Uns andam por cá anos a fio. Outros é por instantes. E, porque tudo acaba mais cedo ou mais tarde, vamos vivendo ora jovens, ora velhos. E os velhos são a última etapa deste percurso com mais ou menos significado; com mais ou menos ressonância; com mais ou menos impacto entre os pares. É a vida. A nossa vida.
Esta tela é o retrato dos que anos a fio viveram olhando o mundo e tirando ou não proveito dele. Esta pintura inserida na temática dos interiores, cheio de elementos, procura captar os ambientes peculiares com as cores, a luz e as formas da minha paleta. Esta série é caracterizada pelo desejo de “encher” o espaço com muitas formas e cores, e agora, tão distante dos meus desejos presentes. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de La Rochefoucauld, in “Máximas”:
“Os velhos gostam de dar bons exemplos para se consolarem de já não estarem em estado de dar maus exemplos”.
E vos deixo com o tango que encantou gerações e gerações.
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