segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Solidão



Solidão


A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.

Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:

então, a solidão vai com os rios...
Rainer Maria Rilke, in “O livro das Imagens”.

Este trabalho, pintura sobre tela (mais tarde transformado numa serigrafia), procura retratar os muitos momentos em que pensamos em tudo e em nada. As cores, as formas e a temática fazem parte de um período em que queria exprimir as emoções que só a arte me permite. História da Minha Pintura.
E vos deixo coma voz de Callas em “Una Voce Poco Fa”.




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