quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A praça




Cada cidade, cada lugarejo tem a sua praça, o seu coração. O local de encontro comunitário é, por excelência, onde se vai e se sente o sentir das suas gentes, a sua História, o seu viver. A soma das histórias vividas, dos episódios, das recordações criam, nos espaços comuns, hábitos de estar e viver publicamente. Com mais ou menos intriga. Com mais ou menos gente. E assim é a vida das nossas praças. Das nossas gentes.


Esta pintura retrata um espaço que, como todos os espaços abertos, tem características próprias, com o ambiente definidor das posturas e da arquitectura. Este trabalho começou por ser desenhado com a utilização da perspectiva com dois pontos de fuga, e, só depois, apliquei as tintas numa malha traçada a régua e esquadro. As cores através das suas diferentes tonalidades procuram, também, sugerir a profundidade. História da Minha Pintura.


Recordo hoje um excerto do poema "A Praça" de Álvaro de Campos ( heterónimo de Fernando Pessoa):

"...Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu,
Mas amo aquilo, mesmo aqui...Sei eu
Por que o amo? Não importa. Adiante..."



E vos deixo com a música de Glen Miller e "Moonlight Serenade".


2 comentários:

  1. as linhas no chao sao optimas para criar perspectiva mas também bem dificeis de fazer para precisamente atingir a perspectiva certa ou que se procura

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  2. Com a ´música de Glen Miller a inspiração vem muito rapida (kkk) parabéns amigo por sua obra maravilhosa.
    Eu sou Brasileira adoro Artes plasticas.

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