domingo, 29 de novembro de 2009

A taberna





Era ali. Ali, mesmo ao lado da minha casa. Era a taberna. A taberna onde via entrar os que queriam esquecer as agruras da vida. Era ali que via, extasiado, jogarem aos matraquilhos. Era o Benfica contra o Sporting. Que maravilha. E assim foi a minha segunda infância, vendo, vendo as fraquezas dos homens. E, porque assim foi, o meu estúdio tem uma mesa de matraquilhos que é, afinal, a alegoria do regresso ao passado. E foram as cores, as formas dos bonecos, os cheiros, as vozes e tudo aquilo que me fascinou que, ainda hoje, coloco nas minhas obras. História da Minha Pintura.


Recordo hoje as palavras de Thomas Carlyle:

"O homem nasceu para lutar e a sua vida é uma eterna batalha."




E vos deixo com a música de Brahms e a genialidade de Maxim Vengerov em Dança Húngara nº 5.



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