sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Casas vazias



Andamos de um lado para o outro em busca de uma vida melhor. E ao mudar os trapos e as loiças levamos um pouco de nós e mudamos também. Novos hábitos, novas rotinas, novas situações exigem posturas e desafios diferentes. E eternamente andamos de um lado para o outro. Umas vezes acertamos, outras, nem por isso. É o preço da aventura que pagamos com as mudanças de cá para lá, e de lá para cá. É assim. É assim mesmo.


Esta pintura em tela é um espaço que está vazio, talvez pelas mudanças que nos levam para todo o lado, e, para lado nenhum. Aqui, nesta série, utilizava a perspectiva bem marcada e, também, como sempre, procurei construir um espaço onde a cor fosse um espelho do ambiente. História da Minha Pintura.


Hoje recordo um excerto do poema "Casa Abandonada" de Francisco Bugalho, in "Margens":

" Minha saudade não larga
Certa casa abandonada.
E sinto, na boca, amarga,
Essa lágrima chorada
Quando a deixei..."

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