quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O testamento


O Testamento dos Namorados

Escolhamos as coisas mais inúteis
o verde água o rumor das frutas
e partamos como quem sai
ao domingo naturalmente.
Deixemos entretanto o sinal
de ter existido carnalmente:
da tua força um castiçal
da minha fragilidade um pente.
Esse hieróglifo essa lousa
deixemos para que uma criança
a encontre como quem ousa
um novo passo de dança.
Natália Correia, in "O Vinho e a Lira"


Esta pintura em tela, de grande formato, fez parte da série de biombos que realizei em 96 e que agora apresento por fragmentos. Mais uma vez, o jogo dos simultâneos, o interior e exterior formam uma temática de relacionamento humano. Neste período utilizava umas tintas que me fascinavam pelo cromatismo saturado e procurava que as formas fossem simples mas precisas esteticamente. História da Minha Pintura.

E vos deixo com a Traviat de Verdi que, como se sabe, encantou a Itália e continua a fascinar pela música e pelas histórias trágicas que o amor tece.


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