Casas cheias e silêncios profundos são espaços onde mora a inquietação e a angústia. São as nossas casas. Cheias de tudo. Cheias de bens materiais e tão parcas em afectos. Algumas delas até são palácios. Palácios vazios. Vazios de gente. De gente com alma. De gente com vontade de viver alegremente. De viver com a alegria dos prazeres mundanos e o aconchego dos laços. Mas, mas hoje as casas cheias são bem diferentes. Diferentes. Diferentes em tudo. É o nosso tempo. É a nossa sina.
Esta pintura em tela é o retrato de um espaço cheio mas, onde falta gente, neste mundo de tanta solidão. É mais um recanto onde a luz invade a intimidade de uma casa. Aqui cores e formas procuram acentuar o espaço. História da Minha Pintura.
E vos deixo, hoje, com as palavras de Camilo Castelo Branco:
"O silêncio é uma confissão."
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