O desconhecido; o desejo de procurar novos mundos; novos modos de ser e estar; novas culturas levam-nos a partir, a procurar aventuras; a procurar o que julgamos precisar; a procurar, simplesmente, sabe-se lá o quê. E por tanto procurar encontramos outras gentes que, pela diferença, nos atraem. É o ambiente, é a cor, é o cheiro, é a postura, é a forma de viver, é quase tudo que nos apaixona ou nos afasta. E, porque o nosso mundo é tão diferente e tão próximo, vivemos nesta luta de buscas por causas, ora em sintonia, ora combatendo-as. E assim vivemos com mais ou menos exotismo. Com mais ou menos diferenças. Insatisfeitos sempre. E sempre em busca de mais exotismo.
Esta aguarela é uma miragem sobre a fantasia do olhar o mundo e captar apenas o que há de belo e exótico. Tecnicamente procurei, a partir do desenho, criar um ambiente que, aliado a cores saturadas e na gama dos tons ocres, exprimissem o exotismo. Mais uma vez, utilizei a aguarela para obter transparências. História da Minha Pintura.
Recordo hoje, de novo, as palavras de Camilo Castelo Branco:
"A civilização é a razão da igualdade."
E vos deixo com a "Marcha turca" de Mozart.
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