quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A cama




Todos os dias nos deitamos em lençóis de lã, de flanela, de seda ou ao relento. Dormimos nos mais belos aposentos ou à chuva, ou ao vento, ou não dormimos. E assim vivemos dormindo bem uns dias e mal outros. Bem ou mal nos deitamos e saboreamos o descanço e com ele os sonhos, as fantasias e as angústias. E é, mais ou menos deitados, que as noites nos consomem e transportam para mundos e fundos. Todos os dias.

Esta pintura, em tela, é o retrato de um espaço que tem os mimos próprios de uma cultura, de um desenvolvimento social que identifica o nosso modo de estar e viver. Procurei criar um ambiente onde as cores fossem a expressão de um espaço íntimo e pacato com objectos condutores de leituras díspares. Histórias da Minha Pintura.


Hoje recordo Eugénio de Andrade:

"Todas as casas onde há livros e quadros e discos são bonitos. E são feias todas as casas, por mais luxuosas, onde faltem essas coisas."


E vos deixo, mais uma vez, porque adoro, com a música de Bach:"Air aus der Suite Nr. 3 e a mestria ao violino da Anne-Sophie Mutter.



1 comentário:

  1. Também gosto imenso de Bach,e sobretudo desta Ária! Parabéns pelas músicas que escolhe!

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