Na vida, nas nossas vidas, vivemos bons e maus momentos. Momentos de solidão e de comunhão. Comunhão de afectos e de entrega. E são essas vivências das descobertas do prazer físico que nos identficam com a idade adulta. É a independência dos actos; é a liberdade do estar; é a vida sentida como nossa. E porque temos de responder por nós, momentos há de profundo desencanto e de imensa alegria. É este jogo de ter e não ter que vivemos, todos os dias, com o dever da responsabilidade assumida ou não, até aos dias finais. É assim. É o preço a pagar porque queremos ser independentes.
Esta tela, do tríptico "AVida" é um visão pictórica de um espaço interior e exterior onde se disfruta do olhar sobre a privacidade e da importância ou não dos bens materiais no contexto das vidas de cada um. Para harmonizar as três telas procurei criar uma cor e uma luz numa conjugação formal que fosse sugestiva da temática em causa. História da Minha Pintura.
Hoje trago as palavras de Henri Amiel, in "Diário Íntimo":
"Aparece, desaparece: é toda a história de um homem, tal como a do mundo ou a de um micróbio."
E vos deixo com a voz de Marlene Dietrich que fez as delícias dos soldados na 2ª Guerra Mundial.
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