Acontece a todos: sonhamos. Sonhamos com realismo e com fantasia. Sonhamos ora conscientes, ora conscientemente inconscientes. E por cá andamos com mais sonhos e menos realizações. Umas vezes crentes, outras, pelo contrário, totalmente descrentes. E a vida continua, todos os dias, independentemente dos nossos sonhos. Sonhemos pois.
Esta aguarela é um sonho, que como todos os sonhos, não se explica: sente-se. Para fazer este trabalho servi-me de um modelo que, mercê do seu sentido da pose, me inspirou para a série de desenhos e aguarelas sobre o sonho. Histórias da Minha Pintura.
Recordo hoje a poesia de Gastão Cruz, in “Órgão de Luzes”:
O Caos do Sonho
“Estou deitado no sonho não
Perturbes o caos que me constrói
Afasta a tua mão
das pálpebras molhadas
Debaixo delas passa
A água das imagens.”
E vos deixo com a música de Monteverdi em “Zefiro torna” e a voz de Jaroussky.
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