quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Não



Não
Não podemos mudar o ciclo da vida.
Não podemos continuar a desejar o que já não faz parte da realidade tal como ela é.
Não podemos ambicionar este mundo e o outro, esquecendo tudo e todos.
Não podemos fechar os olhos e não ver o que se passa.
Não podemos.
Não, não; não podemos.

Esta pintura é o retrato das muitas fugas que podemos ter, lendo o que outros escreveram de contextos e cenários, que nos transportam para horizontes longínquos. Mais uma vez, num ambiente rural, a representação desta temática procura, num jogo inquietante de cores, sugerir um espaço bucólico e aparentemente aprazível, em que a geometria busca a ilusão do espaço. Histórias da Minha Pintura.

O escritor italiano Corrado Alvaro (1895-1956) disse, in “Il nostro tempo e la speranza”:

“O homem não se conhece o suficiente para medir aquilo de que precisa.”


E vos deixo com a música de Gaetano Donizetti em “Lucia di Lammermoor” e “Il dolce suono” com Joan Sutherland em 1959. Esta ópera, como as demais, é um intrigado enredo de tragédias que, como na vida e na arte, nos envolvem.


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