domingo, 25 de outubro de 2009

Expor





Expor é mostrar aos outros para que pensem bem de nós, do nosso trabalho, das nossas capacidades. É verdade. É mesmo assim. E mostramos o que julgamos merecer ser mostrado. E ao mostrar outros juízos nos julgam . Uns consideramos correctos, outros, talvez mais realistas, são críticas que nos magoam, porque nos avaliam com outros olhos. Entre pareceres diferentes cabe continuar no caminho que construímos. Para o melhor ou para o pior.

Estes retratos feitos em 2003 são parte de um vasto leque de pinturas, em tela, de pessoas que, nesse tempo, fizeram parte do meu universo pessoal. Estes trabalhos foram feitos após um cuidado estudo da pose. Aqui, nesta série, a preocupação dominante foi tentar retratar o mais fiel as personagens e esbater o espaço. Histórias da Minha Pintura.

E recordo um excerto do poema “Sou Eu” de Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa), in “Poemas”:

Sou Eu
“Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobressalente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu…”


E vos deixo com a música de Tchaikovsky e a interpretação ao violino de Anne-Sophie Mutter no Concerto de Violino, 3º movimento.



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