Descobrimos o jardim. É o espaço da tranquilidade; do repouso; da paisagem floral; dos caminhos do namoro; da fuga ao rebuliço; dos petizes. E é aqui, também, que gostamos de saborear o devaneio do pensar; ora vamos por caminhos serenos e sensatos; ora imaginamos circuitos fantasmagóricos. E assim passamos o tempo dos registos breves e fátuos deste nosso deambular, nesta vida de canseiras.
Esta tela procura captar os modos de estar num jardim numa tarde de Verão que, como todas as tardes quentes, convidam ao repouso. Observador do meu mundo circundante procurei, aqui, conjugar as cores típicas do espaço e, mais uma vez, usar a perspectiva para sugerir a profundidade do espaço. Histórias da Minha Pintura.
Recordo as palavras de Jean La Bruyère:
“ A natureza é apenas para quem vive no campo.”
E remato com o som da harpa que me fascina sempre, aqui com a mestria de Xavier de Maistre que toca" Moldau "de Smetana.
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