terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mitos




Há os que partiram e nunca partiram. Há os que ficaram e nunca ficaram. Há os ausentes sempre presentes. Há os presentes sempre ausentes. Há tantos que estão tão longe e tão perto; tão perto e tão longe; tão presentes e tão presentes; tão felizes infelizes; tão recordados e tão esquecidos. É a vida. A dos mitos também.

Esta pintura de longa data, perdida no acervo, é uma miragem pelos mitos e outras histórias do nosso tempo. Aqui, dividi o espaço colocando elementos diferenciados, numa conjugação de cores, assente numa geometria rigorosa e num caos visual. Histórias da Minha Pintura.

Recordo hoje a poesia de Ary dos Santos e o excerto do poema “Retrato de Amigo”:


“Por ti falo. E ninguém sabe. Mas eu digo
Meu irmão minha amêndoa meu amigo
Meu tropel de ternura minha casa
Meu jardim de carência minha asa…”

E vos deixo com a poesia de José Carlos Ary dos Santos e a voz de Amália nesta data triste, onde, se recorda a morte e a obra da artista que encanta com a voz, a postura e a verdade do estar.



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