Retratar é o desejo de querer ser capaz, numa superfície plana ( papel, tela ou madeira), de dar a ilusão da volumetria e conseguir com o jogo das cores, texturas, luzes e sombras construir uma imagem identificável com alguém que é único.
O rosto é a expressão do que mais prezamos enquanto seres e cultivadores de conceitos de beleza. O rosto é a nobreza da nossa fisionomia, da cultura, dos preceitos religiosos e sociais. É nesse sentido que procuro, na minha pintura, edificar um ideal de beleza que seja a representação do eu enquanto pessoa identificável e ao mesmo tempo intimista.
Hoje recordei-me das palavras de Giovani Boccacio, in “Genealogie Degli Dei Pagani”:
“Os ignorantes julgam a interioridade a partir da exterioridade.”
E vos deixo com a música de Mozart em “As Bodas de Fígaro”, aqui com a voz de Cecilia Bartoli.
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