quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ausente





Quando olho para as estrelas vejo-me pequenino face à grandeza e ao maravilhoso do universo. São tantas, tantas, infinitamente tantas as estrelas. Aqui, no nosso mundo, o mundo continua, todos os dias, independentemente das maleitas, da dor e da tristeza de cada um. Vivemos pensando que somos de uma dimensão superior ao que valemos. Valemos tão pouco e queremos tanto. Basta olhar para as estrelas para perceber a insignificância de cada um de nós. E mais não digo…
Esta tela foi pintada em 2000 e retrata uma estação de comboios sem gente. Gente que não chegou, nem partiu.

E vos deixo, com uma das mais pungentes canções que alguém já cantou, dizendo as palavras que ninguém gosta de ouvir nem muito menos de dizer – Jacques Brel “ Ne Me Quitte Pas”.

Eu vou voltar dentro em breve.

2 comentários:

  1. Será que a nossa verdadeira dimensão se encontra dentro de nós? Por isso tão pequena mas tão infinitamente grande, do tamanho de cada mundo, do tamanho do conhecimento do nosso querer.
    O nosso Universo é o microcosmos da nossa realização, do acreditar que tudo está ao nosso alcance, a nossa realidade intemporal nas chegadas e partidas das estações de destino. Passagens, permanências, vivências, encontros, esperas, descobertas, reencontros,...
    Não há duas viagens iguais. No entanto vamos escolhendo os nossos trajectos. Somos os grãos do Universo.

    (talvez haja algum passageiro naquela estação, não me parece totalmente abandonada)

    aidaB

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  2. Bela pintura!Absolutamente onírica. Eu já estive aqui em sonhos.

    JR

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