sábado, 25 de julho de 2009

Os modos




Acontece. Um gesto. Uma palavra. Um silêncio. Actos simples que dizem tanto e significam ainda mais. Significam os nossos modos. Os melhores e os piores. Assim comunicamos. Ora bem, ora muito mal. Ora estamos em sintonia, ora aquilo que parecia ser, afinal não é. Somos assim. Capazes de maravilhar e de desiludir.

E vos deixo com um excerto do poema Atitude de Cecília Meireles, in Viagem:

"Minha esperança perdeu seu nome…
Fechei meu sonho, para chamá-la.
A tristeza transfigurou-me
Como o luar que entra numa sala..."

1 comentário:

  1. Através dos modos muito se faz e se desfaz; assim se modificam, modelam as relações entre os povos,
    os gestos e as convenções, as atenções e as disposições, as exposições;
    É querer estar e não estar, mostrar e recuar, participar e demonstrar.
    As simpatias reveladas em gestos de atenção, em sorrisos luzidios, por vezes escorregadios.
    O uso quantas vezes de frases feitas, emprestadas e outras hipotecadas.
    Aquilo que é socialmente aceite na figura do momento importado e aplicado sem ter sido testado. A moda dita assim alguns dos seus mais recentes modos. O "Modus vivendi" acelerado, sem ser a verdadeira razão de viver, a entreter, quantas vezes sem perceber.
    Os pedidos de desculpas nas certezas dos nossos enganos. Os "sim" e os "não" das nossas convicções com "desatenções".
    O encontro, nas verdades esquecidas ou ignoradas, recuperadas.
    Os modos, na nossa forma de estar, de interagir, de reflectir, de sentir e prosseguir.

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