Nunca fui dado à miudeza das questões, dos factos e dos acontecimentos. Para mim, o importante é a substância do conteúdo. Entendo que o nosso viver é tão breve que, pelo simples facto de vivermos tão pouco, devemos tirar sempre partido do fátuo tempo que é a nossa existência. Sou como sou: esquecido das datas, dos nomes, das coisas tal como foram e são; em suma, não sou de confiar pela ligeireza do meu olhar o mundo. Eu sou assim.
O meu amigo e escritor Cipriano, delicado como sempre, não contestou o meu erro crasso: enganei-me no seu nome – não se chama Catarino Cipriano -, chama-se: Cipriano Catarino. Trocadilhos. Trocadilhos de quem tem, de forma continuada, feito o seu percurso. Percurso que tem um só lema: amar sempre o belo em todas as suas vertentes. Só me resta pedir perdão, a todos, por tanta significância e insignificância dos maus actos. Eu sou o João Alfaro.
E vos deixo com um desenho, dos muitos estudos preparatórios que fiz para ilustrar o livro do Cipriano Catarino : -“ Entre Cós e Alpedriz”-, livro que li, num ápice, dado retratar (como poucos o sabem fazer), o mundo bucólico que guardo com a saudade da infância perdida.
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