Não temos tempo. Não temos tempo para nada. O tempo, sempre o tempo, esgota-se e nada fazemos dos sonhos e dos desejos. E assim se vive sem tempo. Tempo para fazer dos sonhos realidade. E sonhamos eternamente com o tempo que não temos, e com o tempo que tivemos e que não soubemos tirar partido dele. Dele, do tempo. Enfim, coisas do tempo, ou de não saber o que é o tempo. E o tempo foi-se e com ele os sonhos. E a vida também.
Esta aguarela é uma homenagem às mães e aos filhos, e já agora, também, ao tempo que não temos.
E vos deixo hoje com a canção que mais gosto de ouvir, na voz de Kiri Te Kanawa: “ O Mio Babbino Caro”, de Puccini.
Lindíssimo, sublime este tema de Puccini. Devo ao meu pai a capacidade de poder hoje apreciar este e outros temas sobejamente conhecidos ainda que, infelizmente, tão pouco ouvidos. A educação do ouvido é fundamental na vida das pessoas. Obrigada por este momento tão bonito.
ResponderEliminar...Espera que espera
ResponderEliminarAdvento na esfera
Quimera, quimera
Na era da hera.
Amanhã pela manhã
Azul, vermelho, laranja
Verde esperança de pinho agreste
Grito-eco-nascimento
Um acto tão natural
Esta seiva universal.
Maré alta, maré baixa
Corre, corre, salta e corre
Homem livre e jovial
Corre, corre salta e corre
Sem tropeçar no caminho;
Que no ontem de hoje
A sonhar na manhã gelada
Irrompe encantada
Tua aventura encarnada...
aidaB