Já não Vivo, Só Penso
Já não vivo, só penso. E o pensamento
é uma teia confusa, complicada,
uma renda subtil feita de nada:
de nuvens, de crepúsculos, de vento.
Tudo é silêncio. O arco-íris é cinzento,
e eu cada vez mais vaga, mais alheada.
Percorro o céu e a terra aqui sentada,
sem uma voz, um olhar, um movimento.
Terei morrido já sem o saber?
Seria bom mas não, não pode ser,
ainda me sinto presa por mil laços,
ainda sinto na pele o sol e a lua,
ouço a chuva cair na minha rua,
e a vida ainda me aperta nos seus braços.
Fernanda de Castro, in "E Eu, Saudosa, Saudosa"
Esta tela é um olhar pela cercania e pela postura dos momentos de meditação. Pensamos tanto e, no entanto, muito fica na incógnita dos desejos de cada um. É esse retrato do intimismo do espaço e do indivíduo que gosto de expor. Cada tempo tem as suas marcas e, esta pintura de 86, procura caracterizar o meio e modos de estar.
Para fazer este trabalho fui profundamente influenciado pela pintura americana dos anos setenta. A perspectiva, as cores e a pose definem esta obra feita num ápice.História da Minha Pintura.
E vos deixo com a música de Verdi, a voz de António Cortis e uma ária de "Rigoletto".
Já não vivo, só penso. E o pensamento
é uma teia confusa, complicada,
uma renda subtil feita de nada:
de nuvens, de crepúsculos, de vento.
Tudo é silêncio. O arco-íris é cinzento,
e eu cada vez mais vaga, mais alheada.
Percorro o céu e a terra aqui sentada,
sem uma voz, um olhar, um movimento.
Terei morrido já sem o saber?
Seria bom mas não, não pode ser,
ainda me sinto presa por mil laços,
ainda sinto na pele o sol e a lua,
ouço a chuva cair na minha rua,
e a vida ainda me aperta nos seus braços.
Fernanda de Castro, in "E Eu, Saudosa, Saudosa"
Esta tela é um olhar pela cercania e pela postura dos momentos de meditação. Pensamos tanto e, no entanto, muito fica na incógnita dos desejos de cada um. É esse retrato do intimismo do espaço e do indivíduo que gosto de expor. Cada tempo tem as suas marcas e, esta pintura de 86, procura caracterizar o meio e modos de estar.
Para fazer este trabalho fui profundamente influenciado pela pintura americana dos anos setenta. A perspectiva, as cores e a pose definem esta obra feita num ápice.História da Minha Pintura.
E vos deixo com a música de Verdi, a voz de António Cortis e uma ária de "Rigoletto".
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