sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mercado de Arte



O mercado é troca, ou seja: receber e dar. É mesmo assim. Uns entregam dinheiro, e outros ... produtos. Funciona o sistema quando há gente que quer ter isto e aquilo. Até arte. Arte que é: o que faz falta ... quando nada mais é necessário. E por ser tão pouco necessário, já não vivemos sem arte. A arte está em todo o lado. Em tudo. Sem arte não vivemos. Um mundo sem música é inconcebível; sem combinação de cores é inimaginável; sem imagens produzidas é impossível. Precisamos da criação de ideias e produtos pelo prazer da fruição. Faz falta – arte -, pela razão simples de que está em todo o lado, mesmo quando não está em lado nenhum.

Esta tela, de 1995, é o retrato de uma galeria onde a pintura ( leia-se quadros) é ela própria pintada. A representação de um espaço e de um contexto tão desfasado da vida de muitos é, em alguns paraísos mercantilistas, uma euforia monetária. Uma tela de Picasso vendida por 106 milhões de euros é o espelho da importância mercantilista... do mercado da arte. Coisas de outros centros cosmopolistas, tão longe da realidade portuguesa, onde quase não existe quem compre pintura.

Para fazer este trabalho utilizei vários pontos de fuga e cores fortes contrastantes, num desenho de formas simples. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Gustave Flaubert:

“A moral da arte reside na sua própria beleza.”

E vos deixo com a música de Verdi na ópera Rigoletto e com a voz inconfundível de Pavarotti


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