Parece que foi ontem. Como o tempo passa! Nesse ano trabalhei como um desalmado. Hoje revejo o passado e questiono o presente, porque o futuro não existe. E porque assim penso, tudo mudou. O desejo de muito fazer deu lugar à reflexão e ao desencanto. Cada dia é um dia. Uns melhores que outros. Amanhã logo se verá. Nuvens negras, ou não, logo se verá.
1995 foi um ano louco. Todos os momentos eram de trabalho pictórico. Dias a fio a concretizar um projecto de vida: realizar uma grande exposição. E aconteceu a amostra. O resultado foi o esperado … para o nosso burgo. As memórias de uns e outros farão o relato de tanta dedicação e de tanto sonho. Fica a obra exposta, hoje propriedade de um conhecido coleccionador de arte, da praça lisboeta, de seu nome: António Prates.
As telas – dípticos e trípticos -de preferência -, foram todas feitas num tempo recorde. Muita entrega, muita luta e muita dedicação descrevem o sucedido. Pintar num “frenezim” ( como se o mundo fosse acabar nesse ano) era a minha postura. Sem recorrer a modelos inventava poses e situações. Depois, numa enorme paleta, colocada no chão, distribuía as cores e pintava umas por cima das outras, num contexto surrealizante. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de Oscar Wilde:
“Há duas tragédias na vida: uma, a de não satisfazermos os nossos desejos; a outra, a de os satisfazermos.”
“Há duas tragédias na vida: uma, a de não satisfazermos os nossos desejos; a outra, a de os satisfazermos.”
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