terça-feira, 11 de maio de 2010

(Des)crença



Acreditamos ou não. Para uns é uma questão de fé. Para os restantes é saber ou não saber. E assim vivemos, neste caldo de leituras e de considerações subjectivas, que nos conduzem pelos caminhos certos, ou ... para o precipício. Sempre assim foi. Dificilmente será diferente. As crenças e as descrenças. Pois claro!

Esta pintura, em tela, é mais um olhar pela multiplicidade de palcos, que é este nosso tempo, de cruzamento de ideias e de pessoas, por todo o lado. Levamos e trazemos : ideias boas e más. Coisas importantes e sem interesse nenhum. O lado mágico - do universo africano -, com as crenças é presença activa na arte que percorre o mundo, fazendo com que posturas, comportamentos e modos de estar, se confundam, com as tradições locais, um pouco por todo o lado: é na música, na dança, nos gestos, nos gostos, no cromatismo e em tantas outras coisas. E porque assim é esta minha pintura, é uma narrativa da importância ou não do valor do sobrenatural. Afinal, uma questão de fé. Crença ou ...descrença.

Este meu trabalho é um díptico no qual procurei combinar cores contrastantes e fortes num contexto surrealizante. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Voltaire:
“ O interesse que tenho em acreditar numa coisa não é prova da existência dessa coisa.”

E vos deixo com o canto gregoriano, que muito gosto pelo sincronismo vocal e, sobretudo, pela sonoridade.

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