domingo, 2 de agosto de 2009

Sonhos de Verão





É Verão. É o tempo de sonhar com as viagens que gostaríamos de fazer e que nunca se concretizarão. É o tempo de sonhar com cavalgadas por caminhos que não existem. É o tempo de olhar o mar e pensar em sonhos que são isso mesmo: sonhos. Só sonhos. Somente sonhos. Sonhos de Verão. E, quando o Verão acabar, acabam esses sonhos: os sonhos de Verão. E com ele os pensamentos dos amores desejados e eternamente perdidos. Pobres sonhos de Verão.

Esta aguarela acompanhada de um brinquedo de lata completam os “Sonhos de Verão”.

E vos deixo com um excerto de um poema de Paul Verlaine, in “Melancolia”:

O Meu Sonho Habitual

"Tenho às vezes um sonho estranho e penetrante
Com uma desconhecida, que amo e que me ama
E que, de cada vez, nunca é a mesma
Nem é bem qualquer outra, e me ama e compreende…”

2 comentários:

  1. Ao excerto do poema que nos deixas, prefiro contrapor o excerto de Gedeão que tão bem conheces: "... o sonho comanda a vida/que sempre que o homem sonha/ o mundo pula e avança...".
    Espero nunca deixar de sonhar e, sobretudo, sejam em que época forem, acreditar que se concretizarão.
    Deixar de sonhar é capitular. Sonhar é estar vivo.

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  2. O sonho de Verão ou sonho de uma vida. Não?
    Há sonhos que se esgotam num sonho de Verão. A realização da viagem de uma vida construída, amealhada e finalmente realizada num tempo tão curto, pelo Verão.
    A sua preparação quase em tom de conspiração por tão desejada e antecipada. Mas não foi um sonho, não!
    No breve engano do Verão, viver em pedaços descontínuos, episódios sem final, foguetes lançados em praias sem nome...
    Porque muitos dos sonhos de Verão não são e foram quantas vezes, em vão?
    Mas apesar de tudo, quem não gosta de quando em vez de um sonho de Verão? Vivê-lo com imaginação.
    Viver a Sonhar com o Verão ajuda os Invernos a serem mais amigáveis e coloridos...
    Nas Primaveras também há lugar aos sonhos mais
    frescos e produtivos que os de Verão. A força que transporta as suas raízes embaladas no silêncio do Inverno e alimentadas pela sua energia, é o bilhete para a verdadeira viagem de sonho, a tal que é a Vida.
    Na caminhada, sem interrupção, eis uma tempestade de Verão! Ou não?!...

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