Vivemos ora rodeados de tudo, ora sem quase nada. Este é o nosso mundo. De um lado a abastança; do outro, a penúria. De um lado da barricada há Valores. Há Direitos e Deveres. Uns só sabem o que é Direitos; outros, nem sabem o que é Deveres. E ainda outros nunca tiveram nem Direitos, nem sabem o que é Valores. E assim vivemos. Uns conscientes de que a vida afinal é curta. Outros pensando que o muito é pouco e só ambicionam ter mais e mais. E assim vivemos. Sempre assim foi. Talvez seja o nosso fado. Queiramos ou não. Infelizmente.
Esta obra representa a figuração do poder fora de moda. Gosto de fantasiar e ultrapassar a realidade, muito mais, sempre que faço uma aguarela.
E vos deixo hoje com Fernando Pessoa que já escrevia negativamente sobre a vida no "O Livro Do Desassossego:
“ O homem vulgar, por mais dura que lhe seja a vida, tem ao menos a felicidade de a não pensar. Viver a vida decorrentemente, exteriormente como um gato ou um cão – assim fazem os homens gerais, e assim se deve viver a vida para que possa contar a satisfação do gato e do cão…”
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