sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Acaso





É mesmo assim. Acontece. Acontece simplesmente. E ao acontecer, por acaso, tudo pode mudar. Até a vida. A vida de todos nós. E tudo acontece por acaso. O ir por aqui e não por ali faz toda a diferença. A diferença de uma vida. A nossa vida. É tão simples como tudo acontece, no entanto, é tão complicado resolver o depois. O nosso destino é, tão só, a sucessão de acasos, que pouco a pouco foram construindo o percurso da vida. Conhecemos e desconhecemos pessoas e situações por acaso. Basta um instante para estar, ou não estar, no sítio certo, ou, no sítio errado. O acaso é isso mesmo. Sem nada fazer prever, vivemos ou não, um acontecimento feliz ou catastrófico. É o acaso que traça este nosso viver e dele optamos umas vezes bem, muitas outras mal. É mesmo assim. O acaso.



Esta aguarela retratando o mar e as ondas serve hoje de meditação sobre o acaso da vida.


E vos deixo com a música sublime de Gustave Mahler que descobri ouvindo a antena 2, e os apaixonantes programas radiofónicos de António Cartaxo. Aqui com a direcção de Bernstein : Adagietto Simfonia 5.






3 comentários:

  1. E a meditação cresceu, o acaso a levou para longe, entrou e voltou a entrar, abafada pela onda que inesperadamente me colheu; ali fiquei entre a terra e o mar, espuma branda, água quente, peixe que passa, por mim, e me arrasta pelo seu percurso entrecortado, deambulante, onde por acaso me perdi; nova onda, verde mar, acertos ou desacertos, sem jogar, mais além, mais azul a desfrutar, sem esperar, lá chegar e divagar, novas rotas no olhar; sinapses adivinhadas e geradas pelo encantamento onde o horizonte me deleita por acaso, no ocaso, entre o céu e o mar.

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  2. Não medito no acaso da vida. Acredito que nada acontece por acaso. Mas a tua aguarela consegue fazer-me junto do mar e ouvir as ondas. Então, com um búzio em cada ouvido, é uma experiência magnífica. Obrigado pela partilha que vens fazendo.

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  3. Eu não disse que era simplesmente sublime?... Não é Herbert Von Karajan, quem dirige? Penso que sim. É precisamente esta versão que tenho num CD intitulado "Adagio" e que me acompanha nos momentos mais marcantes...

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